A dor de um amor só outro amor pode curar? Tem um pouco de mentira nessa grande verdade. Porque eu ainda lembro dos antigos amores com um certo afeto no coração mesmo que tenha dado tudo errado. Coisa de trouxa. Vulgo, romântica incorrigível. Eu não tenho jeito mesmo. Quantas vezes eu preciso prometer pra mim mesma que não vou mais me apaixonar tão facilmente? Todas. Só pra quebrar a promessa cada uma das vezes. Já me conformei. É como os mais antigos dizem, pau que nasce torto, morre torto. Mas por que Senhor? Por que tem que ser assim? Eu não podia ser normal como a maioria das pessoas e só se apaixonar depois de um motivo justo? Não, eu tenho que morrer de amores logo de cara só porque temos coisas em comum, ou porque ele me chamou de linda e mandou coraçãozinho. Ah eu, faça me um favor né? Que tipo de pessoa ilude a si própria a tal nível? Só você! (No caso eu, mas ok, estou dando sermão no meu autoconsciente... Se é que ele existe). Chega de se apaixonar assim! Chega de se iludir e se machucar. A culpa é sua. Ninguém nunca te deu motivos para sofrer de amor de verdade, então guarde isso pra quando o verdadeiro chegar. Se chegar né? Porque como sou uma romântica incorrigível, eu acredito que o cara certo existe, nós só não nos encontramos ainda para viver um romance como nos livros. O problema é que enquanto ele não chega, tá uma bagunça por aqui. Eu não sei se devo dar chances para os romances falsos e perder tempo com eles me iludindo mais um pouco, ou se devo me ocupar com outras coisas e me apaixonar por mim mesma. A segunda opção parece mais sensata, mas a primeira é realmente muito tentadora (e assustadora, pelo menos pra mim). Mas algo me diz que eu só vou conseguir algo de verdade na vida, não só na parte amorosa, se eu dar um fim nessa bagunça. Organizar os pensamentos, decidir o que quero de verdade e correr atrás disso de pulso firme e sem desviar o olhar. Olhar para trás então? Nem pensar! Falando assim é tão inspirador não é? Quem dera fosse tão fácil também. Mas falar e escrever é fácil, dificil é deixar de ser uma romântica incorrigível.
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